quinta-feira, 21 de abril de 2011

Gorfos de um carnaval passado

Carnaval: para grande parte da população desse Brasil lindo, uma festa repleta de muita “música” (aspas, porque né, ainda tô pensando se axé pode ser classificado na categoria “música” ou se coloco na categoria “sons para tortura”), pegação, diversão, risadas e bebedeira. Pra mim também, mas vamos colocar a palavra bebedeira em negritoitálicosublinhadocoloridodevermelho e acrescentar mais uma palavra constante na minha vida: vergonha.

Eu sou de São Carlos né, mas como minha linda cidade campestre não tem carnaval, pra onde eu e meus amigos mais bêbados resolvemos ir? Oras, pro mió Carnaval do Brasil: Minas Gerais. Um parente meu tinha casa lá numa mini-cidadezinha e sempre comentava que lá tem um dos melhores carnavais na praça que existem (todos duvida, mas a falta de grana falou mais alto). E há mais ou menos 3 anos, fomos felizes e contentes pra tal cidade localizada no leste desse lindo estado sem mar que quem conhece, não esquece jamais (ou esquece, como veremos mais adiante). Eu, o Marcelo, o Adriano, a Mariana e a Carlinha (nomes fictícios, né, dã, mas vocês entendem).

Eu já comentei com vocês que não consigo ouvir pagode sóbrio, né? Pois é, com axé é basicamente a mesma coisa. E, claro e obviamente, levamos álcool pra poder suportar a bateria de quatro dias ouvindo axémusic som bahia 2008. Chegamos na casa do meu tio, arrumamos nossas coisas no quarto, bora pra cozinha fazer nossas bebidinhas que daqui a pouco é hora de descer pra praça: o maldito esquenta.

Oras, nós, lindos que somos, resolvemos preparar uma bebidinha mais leve: energético + vodka, e ir bebendo aos pouquinhos, enquanto dávamos ligeiros shots em vodka pura. Ai ai. Bom, muitas doses de vodka depois (2 garrafas pra 5 pessoas), resolvemos abrir a terceira garrafa e encher um squeeze pra cada um com refri e vodka (meio a meio, só pros entendidos no assunto) e levarmos pra tal da praça. Eu saí bem do esquenta, a final de contas, esqueci da principal propriedade da vodka: ela demora pra subir, mas quando sobe, SOBE.

Uma informação importante a esta altura do post é que minha querida amiga Mariana não avisou os pais que ia ao carnaval, mas sim, que ia dormir na casa da Carla, cuja mãe concordou em mentir (ai ai, viu, esses pais de hoje não tem um pingo de responsabilidade).

Bom, aí a gente foi pra praça a pé, e eu já tava ficando bobinho, zoando as menininhas, enchendo o saco da galera, dançando axé, ou seja, tava loco, e entramos na tal da praça e resolvemos dar uma volta.

~~~~~~~~~APAGÃO GENERALIZADO DA MENTE DE RAFAELLO~~~~~~~~~~~

Sim, galera, agora tudo que contarei são flashs e memórias adquiridas devido às histórias contadas pelos meus amigos.

Em um desses flashs, estou eu dançando alucinadamente algo que se parece com minha pequena Eva (Eva) o nosso amor, na última astronave (Eva), e de repente, duas pessoas que se parecem iguais vêm na minha direção gritando RAFAAAAAAAAAAAAA: era minha ex (uma pessoa só, mas eu tava tão bebão que à distância achei que fossem duas). Nem vi, ela tentou me abraçar, só passei a velha manobra do capitão(GANCHO) e dei um beijão na tal. Nem lembrava o porquê da gente ter terminado, mas naquele momento, eu não lembrava nem meu nome se me perguntassem, então tava tudo bem. Meus amigos me puxaram, ela se afastou com um uma cara de “aff, seu bêbado loco alucinado irresponsável idiota!”, mas ela queria, eu sei (todos ri).

Apagão de novo. De repente, eu tava caindo pra trás, e tropecei em alguém, que, muito educadamente, me deu um PUTA DE UM BELISCÃO NAS COSTAS. Affffffffffffffe, fiquei louco, virei pra trás preparando um murro, mas aí vi que era uma gorda, bizarra, Majin Boo style, olhando pra mim com cara de “me pega” (o que seria impossível, devido aos prováveis 120kg dela), e comecei a xingar porque bater em mulher não pode (né, Dado Dolabella?) e ela partiu pra cima de mim, querendo me meter a mão na fuça. Eis que surgem meus heróis Marcelo, Adriano e Carlinha e afastam a adiposidade de perto de mim, pedem desculpa, falam que eu tô bêbado TÔ NADA, ESSA LOUCA OBESA AÍ QUE VEIO PRA CIMA DE MIM SEM EU TER FEITO NADA (aham, rafa, senta lá), e vamos pra um canto. Eles me contam que a Mariana vanished into thin air, e todos se desespera, afinal, imagina essa menina bêbada some e os pais dela descobrem que ela foi carnaval escondido? Fomos em busca da companheira perdida (porque companheiro é companheiro e fedaputa é fedaputa), mas aí veio a ideia: oras, vamos nos separar. Ficamos eu e o Adriano e Deus, que afinal de contas, sempre toma conta dos bêbados e das crianças (Deus, não o Adriano).

Mais um momento de ausência de memória, e eu percebo que tô no chão, o mundo subindo e girando ao mesmo tempo, e eu me preparo pra deitar, mas o Adriano vem correndo na minha direção e grita NÃAAAAAO, NÃO DEITA EM CIMA DO GORFO. É, eu tinha gorfado e tava preparado pra deitar em cima. Higiene? Nâo trabalhamos.

Depois disso lembro de mais nada, de verdade, mas depois me contaram que encontraram a Mariana, mais perdida que filha da puta em dia dos pais, perto do banheiro, chorando, por motivos que aqui não devem ser comentados. E resolveram me levar pra casa do meu tio, né, e me por pra dormir, e talvez a Mariana também, porque o negócio tava feio.

E agora vem uma parte complicada. Já tentaram entrar com cinco pessoas bêbadas em uma casa sem fazer barulho? Agora tenta fazer isso com um cara sendo arrastado, falando merda, e ainda por cima, considerando que o quarto se encontra no terceiro FUCKING andar.

Bem, Marcelo e Adriano, fodas que são, conseguiram fazer essa maravilhosa e inexplicável proeza, mas eu, bestão que sou, o que faço assim que me deitam na cama? GORFO, mas não um simples vomitozinho: um maravilhoso gorfo em jato, que segundo a lenda contada desde aquele dia, espirrou por todas as paredes do cômodo, e fez um barulho tão alto, que parecia uma draga de esgoto que estava entupida e por uma força maior, foi liberada. DESESPERO TOMA CONTA DE TODOS (exceto da Mariana e da Carla, que bebassas no andar de baixo, tentavam melhorar comendo, de colher, açúcar com ligeiros pontinhos pretos, os quais mais tarde, revelaram-se se tratar de formigas). Marcelo, pelamor de Deus, arruma um pano, senão a gente tá fudido. Os dois correm, e não acham nenhum pano. O que fazer então? Olham pra mim. Isso mesmo. Tiram minha camiseta (que eu paguei 150 reais) e limpam o meu gorfo com ela, pra depois jogarem-na na rua.

Dia seguinte, acordo sem camiseta, não entendo nada, não sei porque estou sem camisa, mas tô feliz. E fui procurar o povo pra maiores explicações sobre o dia anterior. Informações atualizadas, lembranças relembradas, e todo mundo dá risada. Os outros dias do carnaval foram bizarros também, mas não cabem nesse post, que já tá longo demais.

Mas tudo isso não era pra falar sobre todos esses engraçadíssimos acontecidos, era só pra lembrar vocês, Adriano e Marcelo, que vocês me devem uma camiseta (BRINKS).

Abraços do Rafaello.

2 comentários:

  1. Rafa, tenho uns carnavais melhores que esse aí pra contar, hein? Aguarde! Ótimo post, parça... Beijos! Malu

    ResponderExcluir
  2. Rafinha, pára de contar essas coisas que to perdendo o pouco de respeito que ainda tenho por vc! Brinks, o blog tá demais! Ri a vida aqui!! ;) Paty

    ResponderExcluir