quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sábado de sol... E muita mijação!!

Aí que era um sábado cedo, desses ensolarados, com cara de filme americano. Aí que eu e o pessoal da minha turma tínhamos um churrasco pra ir, desses que fazem integração entre as turmas dos diferentes cursos que vão compartilhar a festa de formatura. Aí que eu nem tava assim tão animada, porque minha melhor amiga, a fogosa nas jirongaa, Mô, nem ia, aliás nem o Rafa, porque iam em um show no rodeio da cidade vizinha. Aí que o povo dos outros cursos, e do meu, era uma gente feia dos cacetonga, o que brocha qualquer boa menina descolada e desprendida desse negócio de amor. Aí que eu nem esperava grandes coisas desse churrasco furado, mas a bebida era for free, o que significa for ME! Aí que acordei, tomei um banho e um estomazil (porque, né?) e fui me trocar. Nisso, ouço a Rihanna me chamando, aos gritos: "Under my umbrella ella ella e e e e e eeeee".
- Fala Mô! Que que tá pegando, sua biscatchiiii? Já pegou quantos??
- Fala bisca! Eu e o Rafa não vamos mais lá caçar peão e peoa... O convite miou! Bora pro churras, neaaaan?
- O quê??? Vocês vão no churras??? Ai, que maraaaaa, amiga! Nem acredito!
- Tamo passando aí em 5! Bjo!
Aí que meu instinto biscatice começou a gritar que hoje ia dar merda. Porque sempre que saio com a Mô dá. Porque sempre que saio com o Rafa dá. Porque sempre que saio com os dois juntos, acontecem coisas como esse post. E fiquei feliz! Afinal, nada melhor do que fazer merda para animar um sábado ensolarado, certo? Depende da bosta, ou do mijo, como vocês verão a seguir.

- Oi Rafa, oi Mô, e aí pessoa estranha com cara de loka no banco de trás!
- Oi pirigosa, esse aí é o Leandro, meu primo! (cara de "perdão pelo esquisito, mas não teve jeito")
Entrei no carro e sentei bem na minha, com medo daquele cara com cara de "a revolta dos nerds verdes fritos" arrancasse uma arma de Star Trek do meio da cueca suja e matasse todo mundo. Porque, ai, gte, nerdice tem limites, né? Sério. Séries espaciais é brega! E gte que gosta dessas coisas é esquisita. No mínimo. Fiquei imaginando aquele cabeludinho oculudo tentando xavecar alguém com um papo de Darth Vader. Porque, gte, ele tava com uma camiseta de Darth Vader. Fucking Darth Vader!! Boa sorte, nerdolão. Desde que a vítima não seja yo, tá tudo fucking certo!!

E fomos indo, né, tudo nóis, felizes por estradas de terra. Aquele carro chacoalhando e eu imaginando a volta, meu estômago cheio de bebida mal digerida. Tive um arrepio, mas foi pior qdo passamos em um buraco e aquele nerd estranho pendeu pro meu lado. Meeeeu, que menino esquisito. Cara de gente que sabe exatamente o significado de bullying. Que que alguém assim vai fazer num churrasco? Vai saber, né... Vai saber...
Enfim chegamos! Eeee! Ali a bebida, ali a comida, ali os povo feio dos cacetonga. Ali o churrasqueiro, ali o ajudante do churrasqueiro e... cacetongas, que cara gato! Cacetongas, ele tá trabalhando. Cacetongas, tenho uma tara por gente que trabalha em balada. É, só pode ser tara, porque a Mô definiu o frango como apenas pegável e ela pega cada coisa que nem a Stephany do Cross Fox consideraria.

- Bisca, dá uma volta no churras, vê se você não descola algum bofe mais tetetudo pra apagar essa sua chama das américas porque atacar o cara do pão é tenso. Ele tá trabalhando, fofa!
- Ainnnn, Mô, eu sei, mas ele é gato e to pro perigo!
- Biscatchiii, tu anda me assustando, viu? Vai dah uma volta, vê se circula ar nessa jironga e sussega!
Aí eu fui, né, porque se a Mô tá mandando você sussegar, é porque a coisa tá feia. Rodei, rodei rodei mais que carrossel em dia de quermesse e nada de ver alguém minimamente pegável. Rodei, rodei, rodei mais que frango de padaria e só via gente feia das cacetonga. Rodei, rodei, rodei mais que a ala das baianas e quando vi o nerdão do Darth Vader se pegando com uma esquisita em um canto, MORRI. Porque, né, gte, não pegar nada quando o cara da camiseta do Darth Vader tá pegando é MUITA humilhação. MUITA! Mesmo.

- Mô, o bizarro do Darth Vader tá pegando! (disco voador) Tá PEGANDO!! (outro disco voador) E eu aqui, tendo que caçar bofe no meio desses mulekes feios, com cara de versão colombiana de The Big Bang Theory (outro disco voador) E ainda to bebendo essa porra de bebida de quinta com nome de coisa de NERD! (mais um) Cadê o Rafa?
- Biscaa, o Leandro tá pegando? To bege! Jurava que aquela coisa nem pinto tinha... Tipo um anjo. Ou uma Barbie! (Mô bêbada, ficando nonsense).O Rafa eu não sei, viu... Me largou aqui, o puto... Amiga, pega o cara do pão. Ele é proletariado, gosto de proletariado. Vai lá (aponta pro cara, com a discrição que todo bêbado jura que tem). Aí que eu olhei e o paderinho safado tava olhando de volta. Aí que eu já tava bêbada, né, e ele tava parecendo um super gostoso, Mr Brad Pitt das padoca.
Me enchi de coragem e olhar 43 e fui, né, pirigosa e mortal. Tropecei num troço de grama e quase caí, ridícula. O cara riu, mas ficou olhando. Eu fui, porque bêbado não tem noção do ridículo, do saudável nem da educação.
- Oi gato! Tá bom esse pão? (oi? tá loka, Maria Lúcia???)
- ... Deve estar... (oi? Tu é loka, bisca?)
Risos.
- Aiai, tá calor aqui, né? (abanadinhas sensuais, pra criar o clima)
Risos.
- Ai, chega. Olha só, você é gato. Te quiero. Vamos ali no cantinho conversar um pouquinho.
O cara olhou com cara de semi choque. Caguei de medo que ele fosse feio pra caralho, porque só os feios se chocam com cantadas. Mas, né, já tava na chuva de merda, com bosta até o pescoço.
Fomos pro canto, conversa vai, conversa vem e eu pegando um pobre trabalhador de novo (vide post "Salvando o domingo...Ou não!"). O cara tava meio tenso, porque afinal ele tava trabalhando e eu, bisca e sem noção de bêbada que só, sugeri que entrássemos no banheiro.
- Vamos ali, ninguém vê a gte. E já já você volta pro seu posto.
O cara, que podia ser mais feio que recém-nascido, era feio mas não era burro, né, e foi. Entramos super na surdina no banheiro, pra ninguém ver, e aquele lugar tava fedendo sauna, escuro e com a luz queimada. Foda-se, a gente não precisava de luz pra se pegar, neaaaan? Ok, então. Pega daqui, puxa dali, agarra de lá e o cara foi se empolgando. Me puxou, me subiu, escorregou e...
- Caralho, padeiro, me mijei!
- O quê???? (meio entorpecido pelo clima)
- Sério, minha bunda tá tudo molhada e... Caralho, você me derrubou na privada, seu mongolóide!
No calor do momento, tinha entrado de bunda na privada sem tampa e agora tava encharcada com água e mijo de estranho até as coxas.
- Relaxa e me beija, gata. Tá muito bom! (e veio me puxando de novo, todo empolgadaço)
- Muito bom é o cacete! Eu to tudo mijada de mijo alheio porque você é um descontrolado e você quer continuar beijando??? Sai fora. Melhor a gte parar por aqui.
O padeiro, que tava empolgado mas não tava bêbado, se tocou da situação e saiu. E eu fiquei lá, naquele banheiro escuro, de porta trancada, torcendo pra ninguém encontrar aquele lugar. Fiquei lá até alguém começar a bater na porta feito uma alucinada, porque a bexiga tava explodindo e o desespero conduziu o ser até aquela porta escondida. Aí não teve jeito, né. Abri e saí, como se nada houvesse. Abri e saí, rezando para todos os santos que eu conheço pra não ter muita gente por perto. Tinha uma fila!
- Ai, gte, coitada, acho que ela se mijou...
- Nossa, gte, acho que não deu tempo pra essa aí, pecado...
- Ai, esse povo que bebe e não se controla...
Foi foda. Muito foda.
Não mais foda que a cena mais ridícula do mundo, digna de se mijar de rir, que vi assim que saí da maldita área do banheiro. Duas pernas se agitando e desaparecendo no ar, no balcãozinho do bar. Mas isso deixo meu amigo Rafa contar.
Bjinhos mijados da Malu!!



Sábado de sol, aluguei um caminhão, pra levar a galera pra comer feijão. Rs, brinks. Sábado de sol, um dia bonito com um programa legal, daqueles que tem tudo pra dar certo mas que você consegue, de uma maneira única, fazer tudo entrar em combustão espontânea graças a algumas doses (ok, litros) de álcool. Bom, nesse caso, eu tinha um rodeio numa mini-cidade que tem perto de São Carlos pra ir. Novamente, não que eu goste de rodeios, mas tem gente bonita, pegação, chapação, coisas que só quem é esquisito demais não curtiria, né? Né. Bom, tava combinado de ir eu, a Mô e mais uma galerinha bizarra da facul, e a gente ia se encontrar na tal da cidadela pra fazermos um esquentinha e depois entrarmos.
Bom, só sei que já tava tudo certo, tudo arrumado, quando de repente a Mô me liga e fala que o rodeio foi CANCELADO. Aaaaaaaaaaah não Mô, por que? Aí fui eu ficar sabendo que uma das estruturas do rodeio caiu e tiveram que adiar. Ok, talvez tenha sido melhor cancelar mesmo, rs. O que fazer agora? Não dava pra desperdiçar um sábado como aquele sem uma gota de álcool, meus amigos, NÃO DAVA. E lembrei de um certo churras-integração com a galerinha da faculdade que ia rolar. Churras, sol, calor, biquinis, chapação, pegação. Ou seja, quase a mesma coisa do rodeio, então bora pra lá. Nisso, ficou decidido que a ela e a Malu iam comigo. E a doida da Mô até hoje não sei porque, resolveu levar um primo esquisito dela, um nerdão daqueles que vai naqueles encontros de gente fantasiada, sabe? Então. Aí pegamos a estradinha de terra rumo ao tal lugar do churras.
Estrada de terra é o caralho: aquele caminho pra chegar lá mais parecia um Rally dos Sertões nível Hard, sério. E ainda tinha que aguentar a Malu dando gritinhos de horror a cada vez que o esquisitão pendia pro lado dela. Mas, tudo correu bem, e chegamos no churras. PQP, dona Mônica, onde a senhora me enfiou? Galera, só gente feia naquele tal churrasco. Acho que o nível de beleza ali era calculado pelo número de dentes que a pessoa tinha na boca. Bom, já tô aqui mesmo, né, vamo bebe. Fui no bar, tchans, seu moço, uma dose de vodka pura. Moço, uma dose de vodka. PQP MOÇO, SERÁ QUE DÁ PRA ME SERVIR? Foda. Mas no fim consegui a minha vodka. Ok. Mô e Malu resolveram ir pegar uns pedacinhos de carne e pão lá com o churrasqueiro e eu resolvi ir procurar uma galera, né, porque ficar panguando sozinho na balada é coisa de quem tá muito a perigo (não que eu não estivesse, mas não tava bêbado o suficiente pra pegar ninguém que tava ali...AINDA).
E numa dessas andanças, eis que encontro meu amigo Marcelo (é, aquele que limpou gorfo com minha camiseta, vide post Gorfos de um carnaval passado) e ele me convida pra tomar um disco voador. Ah, ótimo né, porque a mesinha do disco voador era aberta ao público e não tinha que aguentar aqueles lerdos do bar servirem bebida. Fomos. Aribaaaaa, abajooooo, ao cientroooo, a dentrooooo. E foi um disco voador. E foram dois. E ofram tressss. E foanom qaaaaaaaautorrrr.
Acho que deu pra entender o estado que eu fiquei né? Se não, agora vai dar: resolvi partir pra pegação. Eu e meu companheiro de labuta Marcelo fomos xavecar as minas menos feinhas que tinha na festa. Mas aí rola um problema: o foda de ir numa festa que só tem gente feia, é que as minas que são mais ou menos se colocam num patamar tão alto que não dá pra pegar. Aaaaah, Marcelo, larga essas putanga aí, vamo chega naquelas ali ó. Rafa, você saca que aquela mina é feia pra caralho, né? Sério, mas que nota você dá de zero a 10? Dois. Oba, então pra dez só preciso de mais oito discos voadores. E eu, lindo que sou, bebi mais OITO, isso mesmo, OOOOITO discos voadores e fui falar com a dita cuja.
Menina chata do caralho, sem graça, com uns papos estranhos, perguntando que que eu achava do Sith, Star Wars, Yoda, Jedis. Falei pra ela que a única coisa que eu conhecia a respeito era aquela música "eu tenho a força cavaleiro de Jedi, então vem popozuda, vai...vai!". E vocês acreditam que ela virou as costas e foi embora??? Credo, bando de gente sem senso de humor esses nerds. E eu parti pra outras, fui conversando, xavecando, mas o negócio tava feio, amigos. Não tava pegando NINGUÉM. Só gente feia na balada e eu não pegando nem as mina sem dente. Fui pegar mais bebida e ainda vejo um nerd babão se atracando com uma mina até razoável num canto. E opa, peraí, era a mina que eu tava xavecando agora mesmo, a esquisitona. Opa, PERAÍ, não era qualquer nerd babão: era o cara que veio no carro, com a gente, o primo da Mô. AHPAPUTAQUEPARIU, assim não dá. Até ele dando uns cato nervoso e vou ficar no 5x1? Nada disso. Mas antes, uma vodkinha, só pra dar aquele ânimo.
Moço, uma vodka, por favor? Moço? Moço? Moço? MOOOOÇO???? E conforme o infeliz não me atendia e o tempo ia passando, eu ia ficando mais nervoso, e ia me jogando pra dentro do bar. O problema é que de repente, dei um impulso um pouco mais forte que o esperado, e acabei indo escorregando pra dentro do bar, isso mesmo: DE CABEÇA. E não sei se foi a bebida, mas parece que tudo foi acontecendo em câmera lenta: eu vendo a pia passar rente ao meu olho, as pessoas ao redor abrindo a boca preparando uma gargalhada, dedos apontando na minha direção e uma caixa de isopor sendo destruída pelo impacto com a minha cabeça. Quando dei por mim, tinha dois brutamontes cujo braço deveria ser do tamanho da minha cabeça me arrastando pra fora da balada. Pooooorraaaan moço, eu só quebrei uma caxinha de isopooooooorrr, eu compro outra, vaai, deixa eu ficar na baladaaaaaaaa.
Não deixou. Me jogou pra fora mesmo, e eu bêbado retardado do jeito que tava, ainda tive que dar uma dormidinha no carro pra esperar a Malu e Mô. Pior foi aguentar a infeliz da Malu batendo no vidro e rachando de rir. A maldita me viu capotando pra dentro do bar e nem pra me ajudar. Mas tudo bem, fiquei sabendo da fama maria-mijona que ela ganhou, então tá tudo certo.
Rafa

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Gorfos de um carnaval passado

Carnaval: para grande parte da população desse Brasil lindo, uma festa repleta de muita “música” (aspas, porque né, ainda tô pensando se axé pode ser classificado na categoria “música” ou se coloco na categoria “sons para tortura”), pegação, diversão, risadas e bebedeira. Pra mim também, mas vamos colocar a palavra bebedeira em negritoitálicosublinhadocoloridodevermelho e acrescentar mais uma palavra constante na minha vida: vergonha.

Eu sou de São Carlos né, mas como minha linda cidade campestre não tem carnaval, pra onde eu e meus amigos mais bêbados resolvemos ir? Oras, pro mió Carnaval do Brasil: Minas Gerais. Um parente meu tinha casa lá numa mini-cidadezinha e sempre comentava que lá tem um dos melhores carnavais na praça que existem (todos duvida, mas a falta de grana falou mais alto). E há mais ou menos 3 anos, fomos felizes e contentes pra tal cidade localizada no leste desse lindo estado sem mar que quem conhece, não esquece jamais (ou esquece, como veremos mais adiante). Eu, o Marcelo, o Adriano, a Mariana e a Carlinha (nomes fictícios, né, dã, mas vocês entendem).

Eu já comentei com vocês que não consigo ouvir pagode sóbrio, né? Pois é, com axé é basicamente a mesma coisa. E, claro e obviamente, levamos álcool pra poder suportar a bateria de quatro dias ouvindo axémusic som bahia 2008. Chegamos na casa do meu tio, arrumamos nossas coisas no quarto, bora pra cozinha fazer nossas bebidinhas que daqui a pouco é hora de descer pra praça: o maldito esquenta.

Oras, nós, lindos que somos, resolvemos preparar uma bebidinha mais leve: energético + vodka, e ir bebendo aos pouquinhos, enquanto dávamos ligeiros shots em vodka pura. Ai ai. Bom, muitas doses de vodka depois (2 garrafas pra 5 pessoas), resolvemos abrir a terceira garrafa e encher um squeeze pra cada um com refri e vodka (meio a meio, só pros entendidos no assunto) e levarmos pra tal da praça. Eu saí bem do esquenta, a final de contas, esqueci da principal propriedade da vodka: ela demora pra subir, mas quando sobe, SOBE.

Uma informação importante a esta altura do post é que minha querida amiga Mariana não avisou os pais que ia ao carnaval, mas sim, que ia dormir na casa da Carla, cuja mãe concordou em mentir (ai ai, viu, esses pais de hoje não tem um pingo de responsabilidade).

Bom, aí a gente foi pra praça a pé, e eu já tava ficando bobinho, zoando as menininhas, enchendo o saco da galera, dançando axé, ou seja, tava loco, e entramos na tal da praça e resolvemos dar uma volta.

~~~~~~~~~APAGÃO GENERALIZADO DA MENTE DE RAFAELLO~~~~~~~~~~~

Sim, galera, agora tudo que contarei são flashs e memórias adquiridas devido às histórias contadas pelos meus amigos.

Em um desses flashs, estou eu dançando alucinadamente algo que se parece com minha pequena Eva (Eva) o nosso amor, na última astronave (Eva), e de repente, duas pessoas que se parecem iguais vêm na minha direção gritando RAFAAAAAAAAAAAAA: era minha ex (uma pessoa só, mas eu tava tão bebão que à distância achei que fossem duas). Nem vi, ela tentou me abraçar, só passei a velha manobra do capitão(GANCHO) e dei um beijão na tal. Nem lembrava o porquê da gente ter terminado, mas naquele momento, eu não lembrava nem meu nome se me perguntassem, então tava tudo bem. Meus amigos me puxaram, ela se afastou com um uma cara de “aff, seu bêbado loco alucinado irresponsável idiota!”, mas ela queria, eu sei (todos ri).

Apagão de novo. De repente, eu tava caindo pra trás, e tropecei em alguém, que, muito educadamente, me deu um PUTA DE UM BELISCÃO NAS COSTAS. Affffffffffffffe, fiquei louco, virei pra trás preparando um murro, mas aí vi que era uma gorda, bizarra, Majin Boo style, olhando pra mim com cara de “me pega” (o que seria impossível, devido aos prováveis 120kg dela), e comecei a xingar porque bater em mulher não pode (né, Dado Dolabella?) e ela partiu pra cima de mim, querendo me meter a mão na fuça. Eis que surgem meus heróis Marcelo, Adriano e Carlinha e afastam a adiposidade de perto de mim, pedem desculpa, falam que eu tô bêbado TÔ NADA, ESSA LOUCA OBESA AÍ QUE VEIO PRA CIMA DE MIM SEM EU TER FEITO NADA (aham, rafa, senta lá), e vamos pra um canto. Eles me contam que a Mariana vanished into thin air, e todos se desespera, afinal, imagina essa menina bêbada some e os pais dela descobrem que ela foi carnaval escondido? Fomos em busca da companheira perdida (porque companheiro é companheiro e fedaputa é fedaputa), mas aí veio a ideia: oras, vamos nos separar. Ficamos eu e o Adriano e Deus, que afinal de contas, sempre toma conta dos bêbados e das crianças (Deus, não o Adriano).

Mais um momento de ausência de memória, e eu percebo que tô no chão, o mundo subindo e girando ao mesmo tempo, e eu me preparo pra deitar, mas o Adriano vem correndo na minha direção e grita NÃAAAAAO, NÃO DEITA EM CIMA DO GORFO. É, eu tinha gorfado e tava preparado pra deitar em cima. Higiene? Nâo trabalhamos.

Depois disso lembro de mais nada, de verdade, mas depois me contaram que encontraram a Mariana, mais perdida que filha da puta em dia dos pais, perto do banheiro, chorando, por motivos que aqui não devem ser comentados. E resolveram me levar pra casa do meu tio, né, e me por pra dormir, e talvez a Mariana também, porque o negócio tava feio.

E agora vem uma parte complicada. Já tentaram entrar com cinco pessoas bêbadas em uma casa sem fazer barulho? Agora tenta fazer isso com um cara sendo arrastado, falando merda, e ainda por cima, considerando que o quarto se encontra no terceiro FUCKING andar.

Bem, Marcelo e Adriano, fodas que são, conseguiram fazer essa maravilhosa e inexplicável proeza, mas eu, bestão que sou, o que faço assim que me deitam na cama? GORFO, mas não um simples vomitozinho: um maravilhoso gorfo em jato, que segundo a lenda contada desde aquele dia, espirrou por todas as paredes do cômodo, e fez um barulho tão alto, que parecia uma draga de esgoto que estava entupida e por uma força maior, foi liberada. DESESPERO TOMA CONTA DE TODOS (exceto da Mariana e da Carla, que bebassas no andar de baixo, tentavam melhorar comendo, de colher, açúcar com ligeiros pontinhos pretos, os quais mais tarde, revelaram-se se tratar de formigas). Marcelo, pelamor de Deus, arruma um pano, senão a gente tá fudido. Os dois correm, e não acham nenhum pano. O que fazer então? Olham pra mim. Isso mesmo. Tiram minha camiseta (que eu paguei 150 reais) e limpam o meu gorfo com ela, pra depois jogarem-na na rua.

Dia seguinte, acordo sem camiseta, não entendo nada, não sei porque estou sem camisa, mas tô feliz. E fui procurar o povo pra maiores explicações sobre o dia anterior. Informações atualizadas, lembranças relembradas, e todo mundo dá risada. Os outros dias do carnaval foram bizarros também, mas não cabem nesse post, que já tá longo demais.

Mas tudo isso não era pra falar sobre todos esses engraçadíssimos acontecidos, era só pra lembrar vocês, Adriano e Marcelo, que vocês me devem uma camiseta (BRINKS).

Abraços do Rafaello.

sábado, 16 de abril de 2011

Salvando o domingo! Ou não...

Aí que eu tinha uma prova. Dessas provas filhas de uma puta sem mãe, que te impedem de se sentir livre de ir tomar um sorvete, porque você deveria estar estudando (Tá, eu nunca me sinto assim, mas tinha um pessoal na minha turma que ADORAVA ser mais filho da puta que a prova e ficar botando banca de "prova foda, vcs baladeiros vão se fuder" e eventualmente eu ficava meio encanada...). Aí que a prova era terça, né, e tinha início um domingo bravo, desses que até a Turma do Didi parace um programa extremamente feliz e abençoado.

Acordei cedo pra estudar mas enrolei pra caralho, demorava 15 minutos pra beber um copo de água e outros 15 para andar de um cômodo ao outro. Vontade de estudar? Não disponível, baby, procure com os filho da puta que já estudaram tudo nessa altura do campeonato! Bom, daí que enrolei o quanto deu, até minha consciência gritar que todos ia chorar pela minha nota. Nesse momento, fui almoçar e me preparei mentalmente para estudar em instantes.

Sentei na mesa, abri um livro grosso e maldito que eu nunca cheguei a ler uma página inteira e eis que a Rihanna começa a cantar "under my umbrella, ela ela, e e e e ee"... Meu celular chamando! E eis que eu olho e é uma amiga, que vou chamar aqui de Mônica para preservá-la, a menina com mais fogo nas jironga que eu já conheci nessa minha breve vida! "Oi Mô! Qual é a boa, loca?" "Maluzeteeeee, vc naum sabe, piriguetaaa! Descolei uma festa MTO loka de um pessoal da química logo menos... Numa reps aí perto da sua casa... Open de flying saucer, bisca! Vamos, neaaaan??" (Não, pessoal, ela não é uma travecona doidaaa, é só o jeito dela falar mesmo!) E eu quis matar com uma serra elétrica aquela voz doce e lazarenta que queria me levar pro caminho do not 5 bola... "Ai, Mô, tenho aquela prova terça... Ia começar a estudar agora..." Silêncio do outro lado... "Tá, eu vou... Mas não posso beber muito nem ficar mto tempo!" "Blz, piripiri, prometo que será demais!".

Aí eu olhei o livro, né, todos chora por aquele amontoado de páginas inúteis. Fechei e fui me arrumar, porque era uma balada open pleno domingooo a tarde, coisa que passou a acontecer nessa cidade campestre desde que uma juíza proibiu festas em república de noite. Aí que eu me piriguetei e fui, né. A Moniquete passou em casa e a gte foi, andando.

Aí chegamos lá, né. Oi fulano, oi siclano, e aí rapaziada. Vamos virar um disco, outro, vamos lá mais um, vamos ver ET em 5 minutos. Em 10 minutos, já tinha bebido muito mais do que eu poderia, mas tava nem aí, pq, né, jah tava feliz e fazendo amizade até com os seguranças.

"Ai, Malu, vamos beber uma vodkenha só pra manter o grau, né.. Pq pinga já deu!" Ahan, eu sei que já deu, filha, tem canela enfiada até no meu nariz, fora os pedações de limão no meio dos dentes... Santa indelicadeza! Mas tudo bem, bêbado POOOOOOODI! Então que de repente, não mais que de repente, a Mônica tira uma CÂMERA do bolso! Uma câmera, gente! Dika de amiga: não deixe sua amiga piriguete e almejante a travecona levar uma porra de uma câmera maldita pra balada... Essas coisas nunca dão muito certo. Mas daí fomos! "Môôô, uma câmera! Que gênia você! Liga isso aí e vamos falar alguma coisa!" Oi câmera! A gte tah bebada na balada e..." Chega um cara do nosso lado, querendo fazer graça. Sai daqui babacão, tu é feio e isso não é foto, otário. O quê, você quer dar remédio pra gte? Vc tem uma cartela de neosaldina! GTEEE, O CARA EH BROCHA E TÁ CHEIOOOO DOS VIAGRA NA BALADA! VAI RESOLVER SEUS POBREMA DE EJACULAÇÃO PRECOCE LONGE DE MIM!! Todos chora pela falta de dignidade da Malu e da Mô. Sério. Mas o cara ficou com vergonha e foi embora. "Oi de novo, câmera. Espantamos o cara gritando que o pinto dele é caídão, agora a gte vai falar... Fala aí, Mô!" "Ain, to meio bebona! Quero dançar feito idiota! Aaaah, quero um pirulito!" E eis que ela tira da bota uns 10 pirulitinhos de coração. Aaaah, gritaria, super legal o pirulito pra misturar com gosto de canela, resto de limão e vodkenha do grau! E eis que a Mô e seu controle motor limitado deixam o pirulito lambido cair. "Mô, joga isso fora!" "Tá loka? Tá novinho, é só limpar!" Frsc frsc, limpa o pirulito na jaqueta. "Pronto!" Verminoses? A la carte, é só pedir!!

Bom, fomos dançar. Ei, dj, toca Rihana...Toca David Guetta! Toca isso, toca aquilo, q é só a gte que tá dançando. Afinal, era a sala de uma casa de um monte de muleques, que tinha sido adaptada pra meninas bêbadas e idiotas ficarem dançando feito a gente. "Oi meninas! Posso tirar uma foto com vocês?" O fotógrafo da balada. Ui, fotógrafo, você é gatão, baby. Pode tirar, vem aqui, vem ali, vamos ali no muro que vou te contar um segredo. Click da pegação? A gte vê por aqui! Fotos bizarras, línguas de fora, línguas pra dentro. Peguei o cara no muro. Porque, né, ele era gato e tals. Porque, né, eu tava lá, ele também, e pelo menos eu não tava trabalhando. Então, fofo, vou ali falar com a Mô. Bjo.

"Maluuuu, vamos filmar de novo? Quero dar umas palavrinhas!" "Tá, Mô, mas só pq vc foi legal esperando eu pegaaar o fotográfo, taaah?" "Tah, mas a gte precisa de um lugar com luz! Tem aquele postezinho no meio do jardim! Segue a LUZ, segue a LUUUUZ!" E a gte foi andando em direção a um foco de luz, proveniente do meio do jardim da casa. Nem ligamos pro fato de ter uma lona preta envolvendo uma área do postezinho.

Fomos e fomos e ligamos a câmera. "Oi câmera! A gte tá bêbada na balada e..." "Eu vi um pinto, Mô!" "Quê??? Tá loka?" "Ali, ow! Tem um monte de gte mijando nesse lugar!" "Aaah, gte, seus sem noção do caralho! Guarda essas porras!" A gte tava bem no meio da área reservada para banheiro masculino, com uma câmera ligada e caras bêbados mijando ao redor... E minha sandália era aberta! Eu pulei pra fora no melhor estilo esquilo voador da mongólia com medo de pinto (não que eu tenha medo de pinto, mas um monte mijando pra todo lado não faz muito meu estilo...) E quando olhei pra ver a Mô, CHOQUEI! A menina não me cai no meio do centro da mijação e fica lá estatelada, esperando uma mão amiga pra levantar? "Caralho, Mônica, você vai se afogar em mijo! Levanta, sua vaca tapada!" E então os caras todos resolveream olhar pra ver que que tava acontecendo e OH MY GOD, quase vi minha amiga bebendo mijo de estranho! Arrastei a debilóide pra fora, do jeito que deu, e não foi uma cena bonita. Sério.

"Ai, Malu, to triste! Quase mijaram em mim, meu... To fedendo mijo? Ain, quero sentar... To triste!" Ai meldels... Vamos nós achar um lugar pra sentar que não estivesse cheio de gte se pegando loucamente depois de virar aqueles disco voadores com pinga de garrafa plástica de 5 litros... Achamos UMA cadeira de plástico, dessas brancas sem braço. "Ai, Mô, meu pé também tá doendo... Vamos dividir!" Aih sentamos. Um minuto, dois minutos e um puta barulho esquisito "Ow, acho que a gte rachou a cadeira" "Aaah, cala a boca, Maria Lúcia, você tá bêbada!" Clééééfff "Puta que pariu, a gte quebrou mesmo!" OH MY GOD de novo, a gte quebrou a cadeira da balada. Aí deu, né? Sério, deu. Fomos embora. Na saída, um cara veio cheio de amor pra dar pra cima da Mô. "Moço, sério, eu to mijada, fedendo, com limão no meio dos dentiiii e ainda acabei de quebrar uma cadeira. Mesmo que você não tenha problemas de ejaculação precoce, eu quero DORMÉ!"

Saímos. Fomos pra casa, já era tipo BEM tarde e não dava pra estudar bêbada e acabada, né? Tomei banho e fui dormir. Li uns resumos no dia seguinte e, OH MY GOD, fui melhor na prova do que os filhos da puta que já tinha estudado tudo desde que nasceram!

FIM de história, FINAL FELIZ!!

Beijinhoss da Malu!

domingo, 10 de abril de 2011

Quem disse que da primeira vergonha a gente nunca esquece?

Aí que eu tinha um show pra ir. Não porque eu gostasse da banda ou dos cantores ou do estilo musical, mas na minha cidade é assim que funcionam as coisas. Você vai onde as pessoas vão, porque nesse dia, todos os outros lugares da cidade estarão vazios e completamente chatos. Ou simplesmente piores do que o show. Mas enfim, era um show de PAGODE, coisa que eu abomino. Mas fui todo feliz e contente pagar TRINTA E CINCO FUCKING REAIS pra ir na parte do open bar, né, porque pagode eu até aguento, mas jamais sóbrio. Ok.
Pra minha tão grande e feliz surpresa marcaram um aniversário no mesmo dia. E (surpresa!) eu fui convidado. Mas não era um mero aniversário. Era uma festa no melhor bar da cidade, e rezava a lenda que a menina (que era amiga de uma amiga de um amiga) iria pagar a conta. Oras, bora pro bar encher a cara nas custas da infeliz e depois vamos de táxi pro show, né. O plano perfeito.
Pausa pra informação fundamental nesse texto: eu tinha dezesseis anos e obviamente, não sabia beber, como ficará claro em alguns parágrafos.
Fui no bar. Cheguei, cumprimentei, beijos no rosto, apertos de mão, me traz uma dose de absinto, Mr. Garçom. Noção? Não trabalhamos. A dose custava 20 reais. Tô nei aí. Traz mais uma, amigo garçom. Opa, que delícia de absinto, vamos brincar de virar? Aeee, TODOS VIRA. Opaaaaaaaaaaaaaam garçoooooooom, trez namias uma doase de abssssssiiiinto, que talzzzzzzz?
Bom, só sei que deu certa hora, resolveram chamar um táxi pra gente ir pro show. SÉRIO, a gente ainda ia pro show. E como prometido, a linda loira dos olhos claros (e mesmo se ela fosse gorda, horrível, sem dentes e parecesse que tinha pegado fogo e apagaram com um tamanco eu diria isso, porque NÉ?) pagou a conta toda. TODOS COMEMORA.
Fomos de táxi, e não vou contar o que aconteceu lá dentro porque obviamente, eu não lembro. Mas chegamos no show, e lindo que sou, resolvi comprar mais não uma, não duas, mas TRÊS fucking doses de vodka. Virei uma, virei duas, virei três, virei OUTRA PESSOA, tava dançando até o chão, me esfregando nas minas, trombando na galera, passando vergonha, e de repente tava passando mal. Mal não. Deviam inventar uma palavra nova praquilo que eu tava sentindo.
Só sei que (a partir daqui é tudo informação alheia, porque não me lembro) eu resolvi sentar no jardim que tem do lado de fora da balada (!) e gorfar. E gorfei, e gorfei, e gorfei. Só sei que digo até hoje que minha alma ficou por lá, e por lá está perdida, porque não pode alguém gorfar daquele tanto. E já eram 2hrs da manhã e NADA do show começar. Blzzzzzzz, eu levantava, limpava o canto da boca, e queria sair pra pegar mulher (pobres infelizes), mas meus amigos não deixavam, porque afinal de contas, eu tava fedendo a sopa de tomate estragada.
Compraram coca cola pra mim. Compraram um suflair pra mim (quando eu tô sóbrio ngm faz isso, né, mas tudo bem) e tentavam por isso pra dentro, mas eu só queria por pra fora.
Aí né, que resolveram me levar embora, pela graça dos céus, BUT, o que aconteceu? Naquele fatídico dia, eu tinha esquecido de por cinto pra ir pra balada, e quando meus amigos me carregaram, apoiando os meus braços em volta do pescoço deles, minha calça caía, e minha cuequinha slip bege ficava à mostra. SÉRIO, dica de amigo, nunca vão sem cinto ou de cuequinha bege pra balada, afffffffffffe. Bom, aí que chamaram um táxi e me colocaram lá dentro, me levaram pra casa, chamaram minha mãe, que chorou uma vida, mas me tacou pra dentro do banho frio e me deu café com rapadura (HUAHUAHUA, AI MÃE, SÓ VC MESMO).
E pra tudo ficar mais bonito, todos meus parentes sabem dessa história. E hoje eu só não sou mais zuado por isso porque fiz coisa pior alguns anos mais tarde. Mas isso é pra um post homérico que não vou escrever hoje porque tô com preguiça.